Fraude em licitações

Operação "Cenário Montado" desmantela esquema de fraudes em licitações no Mato Grosso

Ação policial desmantela rede de empresas de fachada que manipulavam certames licitatórios em Mato Grosso.

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Na manhã desta sexta-feira, 14 de março de 2025, a Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de Barra do Garças, em parceria com o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou a Operação "Cenário Montado". A ação desmantelou um esquema criminoso que se utilizava empresas do setor de produção de eventos e shows para fraudar processos licitatórios em diversas cidades do estado de Mato Grosso.


Durante a operação, 58 ordens judiciais foram cumpridos, entre mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e valores, além da quebra de sigilo bancário, fiscal e de dados dos investigados. Também foi determinada a suspensão das atividades das pessoas jurídicas envolvidas. Entre os bens objetos de busca e apreensão estão 18 veículos entre caminhões, reboques e semirreboques; 13 veículos de passeio; 4 embarcações; 2 motos; 3 imóveis; além do bloqueio de valores que somam R$ 2.507.524. Entre os alvos da operação estão empresários e funcionários, todos suspeitos de integrar o esquema.


O nome "Operação Cenário Montado" reflete a dinâmica do esquema fraudulento, em que empresas de fachada simulavam uma concorrência legítima em licitações públicas. Na prática, o grupo manipulava os certames para assegurar que contratos fossem direcionados a empresas do mesmo núcleo criminoso. O termo destaca o caráter forjado do processo, remetendo a algo previamente planejado para enganar a administração pública.


De acordo com as investigações, o grupo criminoso criava empresas de fachada ou utilizava "laranjas" para registrar as organizações formalmente. Com esses CNPJs, o grupo participava de licitações públicas, simulando uma competição que, na realidade, não existia. Assim, garantiam que uma das empresas vinculadas ao esquema fosse sempre a vencedora.


As investigações apontaram que essas empresas não possuíam estrutura física, funcionários ou movimentação financeira compatível com os contratos firmados. Elas foram criadas, exclusivamente, para fraudar licitações e desviar recursos públicos.


Os envolvidos podem responder por crimes como: Fraude à Licitação, Lavagem de Capitais, Associação Criminosa, e Falsidade Ideológica.

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